terça-feira, 31 de outubro de 2017

Já estão disponíveis para venda as Cartilhas de encontros da 14ª Romaria da Terra e da Água no Piauí



Já estão disponíveis para venda as Cartilhas de encontros celebrativos da 14ª Romaria da Terra e da Água no Piauí.
Todo o material pode ser adquirido nas Cúrias Diocesanas das Dioceses de Picos, Piripiri,  Oeiras, São Raimundo Nonato, Floriano, Bom Jesus do Gurguéia, Campo Maior, Parnaíba, Teresina e suas Paróquias. Você também pode adquirir na sede do Regional Nordeste IV da CNBB, na Av. Frei Serafim, 3200, Centro – Teresina – PI.
Com cinco encontros, a cartilha visa subsidiar as discussões, reflexões e orações sobre os impactos causados pelos grandes projetos sociais do estado com o objetivo de contribuir para que as comunidades e pessoas envolvidas assumam o cuidado com a natureza e a luta por ações concretas favoráveis aos direitos dos pobres.
Os encontros podem ser realizados no período de outubro de 2017 a julho de 2018, conforme a agenda de cada grupo. O importante é não deixar de fazer e incluir o maior número de pessoas da comunidade.
Mais informações favor entrar em contato pelo Tel: (86) 3223-3079 ou pelo WatsApp: (89) 99977-3000
Com informações da PASCOM de Picos

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Nossa diocese comemora o dia nacional da juventude na Paróquia de Santo Antônio em Piracuruca - PI



              Com as graças e bênçãos de Deus, pela intercessão de Maria, Virgem e Mãe, foi realizado em Piracuruca – PI, na Paróquia de Santo Antônio neste domingo 29 de outubro, o DNJ 2017 . Contamos, aproximadamente, com a participação de 800 jovens de todas as paróquias da diocese de Piripiri. 

      Fomos acolhidos no Salão paroquial pela Paróquia de Nossa Senhora do Carmo com um farto café da manhã. Depois de um bom momento de animação, Pe. Paulo Sergio da Paróquia São Francisco em Piracuruca, deu as boas-vindas em nome das Paróquias de Piracuruca. 

         Depois da chamada das Paróquias presentes, Pe. José Alves (Assessor da PJ da diocese de Piripiri) fez abertura dos trabalhos com uma breve oração. 
  
     O tema escolhido foi "Os humildes Herdarão a Terra" “... lema "Juventude em Defesa da vida dos povos a da mãe terra". A Ir. Arizan da Silva, com muitas dinâmicas, fez uma ótima apresentação do tema e lema, mostrando a todos a importância e a necessidade da missão que Jesus confiou a todos os batizados. 

      Às 10h40 celebramos a Santa Missa presidida por Pe. José Alves e concelebrada pelos padres de Piracuruca. Ao meio dia, paramos para o almoço. 

      À tarde, a partir das 14 horas, cada Paróquia, com seus grupos, apresentou seus respectivos membros, houve bons testemunhos de como é bom participar da PJ.  Às 15 horas, dinamizado pelas Foranias, rezamos o terço mariano. 

       Terminando o terço, começamos nossa romaria até a Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo. Foi uma caminhada muito alegre com cantos e testemunhos de fé. Chegando a Igreja Matriz da cidade foi feita a benção final e o envio. 

       Este foi um momento de muitas bênçãos e graças para estes homens devotos de Maria. Agradecemos a todos pela colaboração e participação. 

      Coordenação da PJ e Pe. José Alves (assessor diocesano da PJ).

domingo, 29 de outubro de 2017

Instituição Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucaristica



    Instituição dos novos ministros na forania Nossa S. do Desterro

Na manhã desse domingo dia 29 de outubro as 08h30 na Igreja Matriz  de Nossa Senhora do Desterro em Castelo do Piauí, na Santa Missa presidida por nosso Administrador Diocesano Padre Fernandes Henrique de Moraes Barros e Co - celebrada por todos os padres da forania, tivemos a instituição de 13 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucaristica da forania de Nossa Senhora do Desterro, composta pelas paróquias: Nossa S. do Desterro - Castelo do Piaui, Nossa S. das Graças - Castelo do Piaui, São F. das Chagas - Juazeiro do Piaui, Nossa S. do Monte Serrat  -Buriti dos Montes, São José Operário - Cocal de Telha. Parabéns aos Ministros e muita luz e graça no exercício do ministério.

Encontro Diocesano da Pastoral Familiar



    Com as graças e bênçãos de Deus, pela intercessão de Maria, Virgem e Mãe, foi realizado em Piripiri – PI, sede do bispado entre os dias 27 a 29 de outubro, o  Encontro Diocesano da Pastoral Familiar. Contamos, aproximadamente, com a participação de 500 casais, de todas as paróquias da diocese de Piripiri. 

      Foram acolhidos no Centro Diocesano Nossa Senhora Aparecida pela Paróquia Catedral de Nossa Senhora dos Remédios com um farto jantar. Depois de um bom momento de animação, Pe. Fernandes Henrique, pároco da Catedral e Administrador Diocesano, deu as boas-vindas a todos os casais presente no encontro. 

         Na manhã seguinte depois da chamada das Paróquias presentes, Pe. Gilvan Manoel (Vigário da Forania Nossa Senhora dos Remédios) fez abertura dos trabalhos com uma breve oração. 
  
      Neste  Encontro Diocesano, o tema escolhido foi "Familia, fazei tudo o que ele vos disser"  “... avancem para as águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca” (Lc 5,4). Dom Alfredo - Bispo Emérito da diocese de Parnaiba - PI, com muitas dinâmicas, fez uma ótima apresentação do tema e lema, mostrando a todos a importância e a necessidade da missão que Jesus confiou a todos os batizados. 

     
Às 10h40 celebramos a Santa Missa presidida por Dom Alfredo na Catedral de Nossa Senhora dos Remédios e concelebrada por Pe. Fernandes Henrique, Pe. Sandro Lima e Pe. Gilvan Manoel. Ao meio dia, paramos para o almoço. 

      À tarde, a partir das 14 horas, cada Paróquia, com seus grupos, apresentou seus respectivos membros, houve bons testemunhos de como é bom participar do Grupo da Pastoral Familiar.  Às 15 horas, dinamizado pelas Foranias, rezamos o terço mariano conforme o Manual (Terço dos Homens Mãe e Rainha- THMR). 

       Terminando o terço, começamos nossa romaria até a Igreja Matriz Nossa Senhora dos Anjos. Foi uma caminhada muito alegre com cantos e testemunhos de fé. Chegando a Igreja Matriz da cidade foi feita a benção e assim encerrou segundo dia de encontro. 

A noite após o jantar na AABB de Piripiri, foi oferecido um baile a todos os participantes com muitas melodias e confraternização oferecido pelo grupo da pastoral familiar da Catedral.

No domingo pela manhã começou bem cedo as 7:00 horas da manhã com café em seguida de Adoração ao Santissimo Sacramento e demais testemunhos de casais depois foi feita a benção final e o envio e almoço. 

       Este foi um momento de muitas bênçãos e graças para estes casais devotos de Maria. Agradecemos a todos pela colaboração e participação. 

      Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar da Diocese de Piripiri e Pe. Sandro Lima Silva (assessor diocesano da Pastoral Familiar).

O Tempo Presente !

Dom Fernando Rifan: CONSIDERAÇÕES SOBRE O MOMENTO ATUAL
                                       
          “Ficai bem atentos à vossa maneira de proceder. Procedei não como insensatos, mas como pessoas esclarecidas... porque estes dias são maus” (Ef 5, 16). “Não vos conformeis com este mundo” (Rm 12, 2).


          PROPAGANDA DA IMORALIDADE – ATAQUES À FAMÍLIA:

          Junto com a divulgação da imoralidade, fantasiada de arte, e a propaganda maciça do homossexualismo, travestido de respeito à diversidade, reaparece a doutrinação da Ideologia de Gênero, também com ares de liberdade e de orientação sexual.

         Configura-se, visando sua destruição, um verdadeiro ataque à família, santuário da vida, que vai perdendo seus direitos na educação dos seus filhos, os quais se tornam alvo fácil dessa onda destruidora da moral. Os bons ficam acuados. E os meios de comunicação, através de novelas e entrevistas direcionadas, vão divulgando essa mentalidade de modo bem orquestrado.

          Se a crise social, política e familiar por que passamos é, sobretudo, moral, essa propaganda em nada a faz diminuir, mas, pelo contrário, aumenta-a rompendo todas as barreiras éticas que deveriam pautar o comportamento humano.

          Ao repetir o Mandamento divino “Não pecar contra a castidade”, a Igreja nos ensina a vencer a luxúria e evitar tudo o que a ela conduz, como a pornografia e a indecência no vestir. A castidade faz parte da temperança, conduz ao domínio de si, que exige um esforço constante em todas as idades da vida, especialmente quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência (cf. Catecismo da Igreja Católica – CIC - 2331-2356).

          São Paulo já advertia: “Fostes chamados à liberdade. Porém, não façais da liberdade um pretexto para servirdes à carne” (Gl 5, 13).

          Sobre a propaganda da imoralidade, recordo as graves palavras do saudoso Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, acusando a Televisão, o que poderíamos aplicar também a certos sites da Internet, devido à onda de impureza que traz para dentro dos lares: “Acuso-a de ministrar copiosamente a violência e a pornografia. A primeira é servida em filmes para todas as idades. A segunda impera, solta, em qualquer gênero televisivo: telenovelas, entrevistas, programas ditos humorísticos, spots publicitários e clips de propaganda. A TV brasileira está formando uma geração de voyeurs, uma geração de debilóides. Acuso-a de ser corruptora de menores”.

          E não é só contra essa imoralidade que a Igreja levanta a sua voz. Ela também repudia o assassinato de crianças e adolescentes, a prostituição infantil, a morte de crianças para o roubo de órgãos, a mortalidade das crianças nos hospitais públicos, a violência doméstica, o estupro e o feminicídio.  

           PROFANAÇÃO DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS:

          Quanto à profanação dos símbolos cristãos, como o crucifixo, a hóstia, a imagem da Padroeira do Brasil, fazendo eco às palavras dos Bispos do Regional Nordeste 1 da CNBB, manifesto a minha indignação e repúdio diante do escárnio público desses nossos símbolos, crime de vilipêndio, condenados também pelo Código penal (Artigo 208).

          E essa indignação e repúdio deve ser a de todos os católicos e pessoas de bom senso e respeito.

          PROPAGANDA DO HOMOSSEXUALISMO:

          Sobre a homossexualidade, observamos primeiramente que se deve fazer a distinção entre pessoas e atos, entre a tendência e a prática.

          Na linha do pensamento de Santo Agostinho, que dizia que Deus odeia o pecado, mas ama o pecador, e em seguimento do Papa Francisco, que pastoralmente nos ensina a aplicar sempre a misericórdia, as pessoas que apresentam essa inclinação, objetivamente desordenada, cuja gênese psíquica continua em grande parte por explicar, devem ser acolhidas com respeito, delicadeza e compaixão, pois, para a maioria, isso constitui uma provação. Evitar-se-á para com elas todo sinal de descriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã (cf. CIC nn. 2357-2358).  

          A Igreja, e nós com ela, condenamos e repudiamos, pois, todas as ofensas e, mais ainda, os assassinatos e espancamentos de LGBTIs por conta da intolerância.

          Mas não podemos deixar de dizer que a prática do homossexualismo é condenável. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (cf. Gn 19,1-29; Rm 1, 24-27; I Cor 6, 9-10; I Tim 1, 10), a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’ (Congregação para a Doutrina da Fé, declaração Persona Humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados (CIC n. 2357).

          Por isso, a propaganda do homossexualismo como sendo algo natural é maléfica e, por isso mesmo, condenável.

          São Paulo, apóstolo, fala “com lágrimas”, que muitos “se gloriam daquilo de que se deveriam envergonhar” (Fl 3,19). E, referindo-se aos pecados e perversidade dos pagãos, o mesmo apóstolo nos recorda a moral natural: “Por isso, Deus os abandonou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador... Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario” (Rm 1, 24-27).

          Aliás, já no Antigo Testamento, Deus já havia condenado os atos homossexuais: “Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão uma coisa abominável” (Lv 20, 13).

          Por isso, São Paulo, desejoso de nossa salvação, nos adverte: “Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados (em latim, molles), nem os homossexuais (em latim ‘masculorum concubitores’), nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6, 9-10).

          IDEOLOGIA DE GÊNERO:

          A ideologia de gênero quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o seu sexo.

          O feminismo do gênero, que promove essa ideologia, procede do movimento feminista para a igualdade dos sexos. A ideologia de gênero, própria das associações LGBT, baseia-se na análise marxista da história como luta de classes, dos opressores contra os oprimidos, sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o homem e a mulher no casamento monogâmico. Daí que essa ideologia procura desconstruir a família e o matrimônio como algo natural. Em consequência, promovem a “livre escolha na reprodução”, eufemismo usado por eles para se referir ao aborto provocado. Como “estilo de vida”, promovem a homossexualidade, o lesbianismo e todas as outras formas de sexualidade fora do matrimônio. Entre nós, querem introduzir essa ideologia, usando o termo “saúde reprodutiva”. E usam a artimanha de palavras, especialmente “discriminação” e "luta contra o preconceito”. Sob esse nome sedutor – pois todos somos contra a discriminação injusta e o preconceito – querem fazer passar a ideologia do gênero, a ditadura do relativismo moral, estabelecendo uma nova antropologia anticristã, sob o nome de democracia.

          Essa campanha é internacional. Na Itália, por exemplo, os folhetos distribuídos nas escolas pretendem ensinar a todos os alunos que “a família pai-mãe-filho é apenas um ‘estereótipo de publicidade’; que os gêneros masculino e feminino são uma abstração; que a leitura de romances em que os protagonistas são heterossexuais é uma violência; que a religiosidade é um valor negativo; chega-se ao ridículo de censurar os contos de fadas por só apresentarem dois sexos em vez de seis gêneros, além de se proporem problemas de matemática baseados em situações protagonizadas por famílias homossexuais”.

          O Papa Francisco, alarmado, fala que estamos diante de uma “colonização ideológica”, de uma maldade ao ensinar a ideologia de gênero (Filipinas, janeiro de 2015). E nos alerta: “Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na África, em alguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas – digo-a claramente por ‘nome e sobrenome’ - é a ideologia de gênero (gender)! Hoje às crianças – às crianças! –, na escola, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo... São as colonizações ideológicas, apoiadas mesmo por países muito influentes. E isto é terrível” (Encontro com os Bispos poloneses, 27/7/2016).

          A Igreja nos ensina: “Deus criou o ser humano como homem e mulher, com igual dignidade pessoal, e inscreveu nele a vocação ao amor e à comunhão. Compete a cada um aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo a sua importância para a pessoa toda, bem como o valor da especificidade e da complementaridade” (Compêndio do C.I.C. n. 487).

          FOGO! SOCORRO! ACUDAM!

          É HORA DO PROTESTO DE TODOS:

          É preciso dar um basta! É preciso que as forças morais de toda a humanidade se levantem e deem o seu brado de inconformidade com tudo isso. É hora de gritar com São Luiz Maria Grignion de Montfort: “Fogo! fogo! fogo! Socorro! socorro! Socorro!... Socorro, que assassinam nosso irmão! Socorro, que degolam nossos filhos!...”.

          A Igreja levanta a sua voz de repúdio a tudo isso: sua doutrina clara já condena esses erros. É preciso que os católicos sejam lógicos e coerentes com o que a Igreja lhes ensina.

          É hora, principalmente de os leigos agirem. Não fiquem se perguntando: o que a Igreja vai falar ou fazer sobre isso? Vocês também são a Igreja. A pergunta deve ser: o que nós estamos fazendo contra tudo isso? Não fiquem esperando pelos pastores. As ovelhas têm o direito de se defenderem dos lobos que as atacam. Falem, protestem, escrevam, alertem os filhos, os amigos. Gritem nas redes sociais! Pais de família, reajam! É preciso que o mundo escute a voz dos bons e saiba que ainda existem famílias corretas, pessoas de bem e de coragem que não concordam com a imposição dessas ideologias.

          “Unindo suas forças, os leigos purifiquem as instituições e as condições do mundo, caso estas incitem ao pecado. Isto de tal modo que todas essas coisas se conformem com as normas da justiça e, em vez de a elas se oporem, antes favoreçam o exercício das virtudes. Agindo dessa forma, impregnarão de valor moral a cultura e as obras humanas” (LG 36).

          Dom Prosper Guérranger (L’Année Liturgique), sobre o episódio em que um leigo, Eusébio, levantou-se em meio à multidão contra a impiedade de Nestório, salvando assim a fé de Bizâncio, comenta: “Há no tesouro da Revelação pontos essenciais, cujo conhecimento necessário e guarda vigilante todo cristão deve possuir, em virtude de seu título de cristão. O princípio não muda, quer se trate de crença ou procedimento, de moral ou de dogma. Traições como a de Nestório são raras na Igreja; não assim o silêncio de certos Pastores que, por uma ou outra causa, não ousam falar, quando a Religião está engajada.  Os verdadeiros fiéis são homens que extraem de seu Batismo, em tais circunstâncias, a inspiração de uma linha de conduta; não os pusilânimes que, sob pretexto especioso de submissão aos poderes estabelecidos, esperam, pra afugentar o inimigo, ou para se opor a suas empresas, um programa que não é necessário, que não lhes deve ser dado”.

          Campos dos Goytacazes, 26 de outubro de 2017

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Fonte: http://blogfernandoleite.blogspot.com.br/2017/10/artigo-de-dom-fernando-rifan-sobre-o.html?spref=fb&m=1

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

NOTA DE REPÚDIO

   

                Diocese de Piripiri PI

Assalto ao Cofre da Paróquia Catedral de Nossa Senhora dos Remédios - Piripiri - Piauí


A igreja matriz Catedral de N. Sra dos Remédios foi assaltada por bandidos que ainda não foram identificados. O pároco e administrador diocesano Fernandes acredita que os criminosos assaltaram o cofre da igreja no domingo quando a igreja fica aberta aos fiéis. Contudo apenas hoje (26) o crime foi percebido.
Padre Fernandes não soube precisar os valores que estavam no cofre. O que se imagina que seria notícia apenas nos centros mais violentos é uma realidade no dia a dia do piripiriense. Mesmo com toda a mobilização dos poderes e da sociedade o problema da segurança pública é cada vez mais gritante.

  
NOTA DE REPÚDIO


Aos fiéis da Paróquia Catedral de Nossa Senhora dos Remédios e a todo o Povo de Deus da Diocese de Piripiri

Eu, padre Fernandes Henrique de Moraes Barros, pároco da Catedral , na condição de Administrador Diocesano de Piripiri, venho externar com muita tristeza o meu repúdio diante do ato criminoso ocorrido ontem, dia 22 de outubro de 2017, na Paróquia Catedral de Nossa Senhora dos Remédios – Piripiri/PI. Na ocasião, foi furtado de forma acintosa, o "cofre" da Igreja Matriz Catedral. 

 Não lamentamos, evidentemente, a perda dos objetos em si, mas a agressão cometida ao Senhor Deus, que para nós é a presença real de Jesus, centro e ápice de nossa vida cristã, como nos atesta:

Cânon 897 – Na Santíssima Eucaristia se contém, se oferece e se recebe o próprio Cristo Senhor e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua pelos séculos o Sacrifício da cruz (...) por ele é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo. 

Esse sacrilégio constitui uma ofensa grave a Deus e um profundo desrespeito à fé católica do nosso povo. Vale a pena lembrar que, quem joga fora as espécies consagradas ou as subtrai ou conserva para fim sacrílego incorre em excomunhão “latae sententiae” reservada à Sé Apostólica. 

Esperamos que, uma vez realizada a apuração dos fatos por parte das autoridades competentes, os responsáveis sejam punidos. Não se pode admitir que a violência e a insegurança se sobreponham a determinados princípios e valores que constituem a base para o bem-estar social. 

Finalmente, convocamos a todos os paroquianos a realizar um ato de desagravo a Jesus Eucarístico, suplicando incessantemente a intercessão da Virgem Maria, Mãe da Igreja, para que possamos construir uma cultura de paz e respeito em nossa sociedade.

Cordialmente,

Pe. Fernandes Henrique de Moraes Barros
Administrador Diocesano da Diocese de Piripiri

Piripiri/PI, 27 de outubro de 2017

Papa Francisco nomeia novo bispo auxiliar para arquidiocese do Rio Janeiro

Papa Francisco nomeia novo bispo auxiliar para arquidiocese do Rio Janeiro 

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nessa sexta-feira, 27 de outubro, a nomeação do novo bispo auxiliar para a arquidiocese de São Sebastião no Estado do Rio de Janeiro (RJ). Padre Paulo Celso Dias do Nascimento, atualmente capelão do Hospital “Quinta d’Or” no Rio de Janeiro, com base na solicitação do cardeal Orani Tempesta, da arquidiocese de São Sebastião.

Trajetória
Nascido em 14 de abril de 1963, na cidade de Lagarto (SE), padre Paulo ordenou se sacerdote em 13 de maio de 1989, no Colégio Nossa Senhora da Piedade em Lagarto, na diocese de Estância (SE). O religioso é formado em Filosofia pela Faculdade Eclesiástica de Filosofia João Paulo II, no Rio de Janeiro, em 1984, e em Teologia pela Universidade Católica de Salvador, na Bahia, em 1988. Também é formado em Direito Canônico, pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico, do Rio de Janeiro, em 2000.
O sacerdote possui formação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 2006, e especialização em Psicologia Hospitalar, pela Cesanta – Santa Casa da Misericórdia, também do Rio, em 2008.
Trabalhou como vigário paroquial no Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Piedade, em Lagarto, na diocese de Estância de 1998 a 1992; de 1993 a 1996, foi pároco na paróquia São Francisco de Assis de Cristinápolis (SE), na mesma diocese. Foi padre residente na paróquia Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), de 1997 a 1999. Exerceu a função de capelão no hospital da Beneficência Portuguesa, no Rio, de 2000 a 2003.
Exerceu as funções de assistente eclesiástico da Pastoral da Saúde, na arquidiocese do Rio, de 2012 a 2014 e de coordenador arquidiocesano da Pastoral da Saúde, na arquidiocese do Rio de Janeiro de 2015 a 2017.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Nota da CNBB sobre o atual momento político

“Apesar de tudo, é preciso vencer a tentação do desânimo”, afirma CNBB em Nota sobre momento nacional

Nota da CNBB sobre o atual momento político
“Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido” (Is 1,17)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de seu Conselho Permanente, reunido em Brasília de 24 a 26 de outubro de 2017, manifesta, mais uma vez, sua apreensão e indignação com a grave realidade político-social vivida pelo País, afetando tanto a população quanto as instituições brasileiras.
Repudiamos a falta de ética, que há décadas, se instalou e continua instalada em instituições públicas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, traindo a missão para a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito. A barganha na liberação de emendas parlamentares pelo Governo é uma afronta aos brasileiros. A retirada de indispensáveis recursos da saúde, da educação, dos programas sociais consolidados, do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), do Programa de Cisternas no Nordeste, aprofunda o drama da pobreza de milhões de pessoas. O divórcio entre o mundo político e a sociedade brasileira é grave.
A apatia, o desencanto e o desinteresse pela política, que vemos crescer dia a dia no meio da população brasileira, inclusive nos movimentos sociais, têm sua raiz mais profunda em práticas políticas que comprometem a busca do bem comum, privilegiando interesses particulares. Tais práticas ferem a política e a esperança dos cidadãos que parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto. É grave tirar a esperança de um povo. Urge ficar atentos, pois, situações como esta abrem espaço para salvadores da pátria, radicalismos e fundamentalismos que aumentam a crise e o sofrimento, especialmente dos mais pobres, além de ameaçar a democracia no País.
Apesar de tudo, é preciso vencer a tentação do desânimo. Só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que seguem o caminho da corrupção e do desprezo pelo bem comum. Incentivamos a população a ser protagonista das mudanças de que o Brasil precisa, manifestando-se, de forma pacífica, sempre que seus direitos e conquistas forem ameaçados.
Chamados a “esperar contra toda esperança” (Rm 4,18) e certos de que Deus não nos abandona, contamos com a atuação dos políticos que honram seu mandato, buscando o bem comum.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, anime e encoraje seus filhos e filhas no compromisso de construir um País justo, solidário e fraterno.
Brasília, 26 de outubro de 2017

NOTA DA CNBB SOBRE O TRABALHO ESCRAVO

Bispos repudiam Portaria nº 1.129 do Ministério do Trabalho do Governo Federal

NOTA DA CNBB SOBRE O TRABALHO ESCRAVO
“O Espírito do Senhor me ungiu para dar liberdade aos oprimidos” (cf. Lc 4, 18-19)

Reunido em Brasília-DF, nos dias 24 a 26 de outubro de 2017, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB manifesta seu veemente repúdio à Portaria 1129 do Ministério do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União de 16/10/2017. Tal iniciativa elimina proteções legais contra o trabalho escravo arduamente conquistadas, restringindo-o apenas ao trabalho forçado com o cerceamento da liberdade de ir e vir. Permite, além disso a jornada exaustiva e condições degradantes, prejudicando assim a fiscalização, autuação, penalização e erradicação da escravidão por parte do Estado brasileiro.
Como nos recorda o Papa Francisco, “hoje, na sequência de uma evolução positiva da consciência da humanidade, a escravatura – delito de lesa-humanidade – foi formalmente abolida no mundo. O direito de cada pessoa não ser mantida em estado de escravidão ou servidão foi reconhecido, no direito internacional, como norma inderrogável” (Papa Francisco, Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2015). Infelizmente, esse flagelo continua sendo uma realidade inserida no tecido social. O trabalho escravo é um drama e não podemos fechar os olhos diante dessa realidade.
A desumana Portaria é um retrocesso que, na prática, faz fechar os olhos dos órgãos competentes do Governo Federal que têm a função de coibir e fiscalizar esse crime contra a humanidade e insere-se na perversa lógica financista que tem determinado os rumos do nosso país. Essa lógica desconsidera que “o dinheiro é para servir e não para governar” (Evangelii Gaudium, 58). O trabalho escravo é, hoje, uma moeda corrente que coloca o capital acima da pessoa humana, buscando o lucro sem limite (cf. Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, 2014).
Nosso País no qual, por séculos, vigorou a chaga da escravidão de modo legalizado, tem o dever de repudiar qualquer retrocesso ou ameaça à dignidade e liberdade da pessoa humana. Reconhecendo a importância da decisão liminar no Supremo Tribunal Federal que suspende essa Portaria da Escravidão e somando-nos a inúmeras reações nacionais e internacionais, conclamamos a sociedade a dizer mais uma vez um não ao trabalho escravo.
Confiamos a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, a proteção de seus filhos e filhas, particularmente os mais pobres.
Brasília, 26 de outubro de 2017
Cardeal Sergio da Rocha/ Presidente
Dom Murilo S. Krieger / Vice-Presidente
Dom Leonardo U. Steiner / Secretário-Geral

Mensagem da CNBB sobre fundamentalismo e intolerância contra símbolos da fé

Mensagem sobre fundamentalismo e intolerância contra símbolos da fé

MENSAGEM DA CNBB MENSAGEM DA CNBB
Vencer a intolerância e o fundamentalismo
“E Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom”  (Gn 1,31)
Os bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunidos em Brasília de 24 a 26 de outubro de 2017, dirigem esta mensagem ao povo brasileiro, diante de recentes fatos que, em nome da arte e da cultura, desrespeitaram a sexualidade humana e vilipendiaram símbolos e sinais religiosos, dentre eles o crucifixo e a Eucaristia, tão caros à fé dos católicos.
Em toda sua história, a Igreja sempre valorizou a cultura e a arte, por revelarem a grandeza da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, fazendo emergir a beleza que conduz ao divino. “A arte é como uma porta aberta para o infinito, para uma beleza e para uma verdade que vão mais além da vida quotidiana” (Bento XVI – 2011). O mundo no qual vivemos, ensina Paulo VI, precisa de beleza para não cair no desespero (Cf. Mensagem aos Artistas – 1965).
Reconhecemos que “para transmitir a mensagem que Cristo lhe confiou, a Igreja tem necessidade da arte” (São João Paulo II – Carta aos artistas 1999). Somos, por isso, agradecidos aos artistas pela infinidade de obras que enriquecem a cultura, animam o espírito e inspiram a fé. Merecem destaque a pintura, a música, a arquitetura, a escultura e tantas outras expressões artísticas que ressaltam a beleza da criação, do ser humano, da sexualidade, e o espírito religioso do povo brasileiro. Arte e fé, portanto, devem caminhar unidas, numa harmonia que respeita os valores e a sensibilidade de cada uma e de toda pessoa humana na sua cultura e nos seus valores.
Lamentavelmente, crescem em nosso meio o desrespeito e a intolerância que destroem esta harmonia, que deve marcar a relação da arte com a fé, da cultura com as religiões. Se, por um lado, a arte deve ser livre e criativa, por outro, os artistas e responsáveis pela promoção artística não podem desconsiderar os sentimentos de um povo ou de grupos que vivem valores, muitas vezes, revestidos de uma sacralidade inviolável. O desrespeito e a intolerância, por parte de artistas para com esses valores, fecham as portas ao diálogo, constroem muros e impedem a cultura do encontro. Preocupam, portanto, o nível e a abrangência destas intolerâncias que, demasiadamente alimentadas em redes sociais, têm levado pessoas e grupos a radicalismos que põem em risco o justo apreço pela arte, a autêntica liberdade, a sexualidade, os direitos humanos, a democracia do País.
Vivemos numa sociedade pluralista, por isto, precisamos saber conviver com os diferentes. Isso, contudo, não subtrai à Igreja o direito de anunciar o Evangelho e as verdades nele contidas, a respeito de Deus, do ser humano e da criação. Em desacordo com ideologias como a de gênero, é nosso dever ressaltar, sempre mais, a beleza do homem e da mulher, tais como Deus os criou, bem como os valores da fé, expressos também nos símbolos religiosos que, com sua arte e beleza, nos remetem a Deus. Desrespeitar estes símbolos é vilipendiar o coração de quem os considera instrumentos sagrados na sua relação com Deus, além de constituir crime previsto no Código Penal.
Animamos a sociedade brasileira a promover o diálogo e o encontro, por meio dos quais as pessoas, em suas diferenças, respeitam e exigem respeito, e permitem sentir a riqueza que cada um traz dentro de si.
Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos ensine o caminho da beleza e do amor, da fraternidade e da paz.
Brasília, 26 de outubro de 2017.
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB